O livro revela um Hemingway diferente. Em Paris, aos 22 anos, ele lê, pela primeira vez, clássicos como Tolstói, Dostoievski e Stendhal. Convive com Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, figuras polêmicas e encantadoras para o jovem autor. A cidade e esses "companheiros de viagem" deram-lhe nova dimensão do humano e maior sensibilidade para alcançar os seus dois objetivos primordiais na vida: ser um bom escritor e viver em absoluta fidelidade consigo próprio. Há, em "Paris É Uma Festa", momentos de suave melancolia, alternados com outros de cortante, quase selvagem crueldade. O livro começou a ser escrito no outono de 1957, em Cuba, e foi finalizado na primavera de 1960. Após ter escrito "Paris É Uma Festa", Hemingway recapturou, durante algum tempo, a felicidade perdida, o gosto da juventude, vividos naquela época.